Atualizado pela última vez em 26 de outubro de 2023
No artigo “Como o compilador pega o código-fonte e transforma em binário”, abordo sobre as análises léxicas, sintáticas e semânticas, que tem relação com os conjuntos de palavras, regras de escrita e relação se o que foi escrito está seguindo o padrão que a linguagem de programação possui. Isso por si, já dá uma amostra do que são linguagens de programação.
Linguagem de programação é um método padronizado, formado por um conjunto de regras sintáticas e semânticas, de implementação de um código fonte que pode ser compilado, interpretado ou traduzido, capazes de criar instruções para máquinas executar determinadas ações. Como tudo isso acontece, explico no artigo “Programar é conversar com o computador. Apenas Conversar!”.
Existem vários tipos de uso das linguagens de programação
Uma linguagem de programação quando é criada, ele serve para resolver um conjunto de problemas. E esses problemas, dependem na sua grande maioria, dos tipos de dispositivos (devices). Dentre os devices mais comuns podemos destacar: computador pessoal(PC), notebooks, tablets, smartphone, smartwatch, impressoras, etc., porém, a programação não se limita apenas a esses dispositivos, tem programação em carros, nos chips de cartão de crédito, câmeras fotográficas, geladeiras, TV, etc. Existe uma gama enorme.
As linguagens de programação, vem passando por algumas evoluções. No início, as linguagens de programação era de baixo-nível, bem próximas às linguagens de máquina (zeros e uns). Como os dispositivos e os mais variados componentes também sofrem evoluções, de tempos em tempos surgem novas linguagens, para resolver novos problemas ou para resolver problemas antigos de forma mais eficiente e eficaz. Veja as 5 gerações que marcaram as linguagens de programação:
1ª Geração: linguagens em nível de máquina:
Os primeiros computadores eram programados em linguagem de máquina, em notação binária. Exemplo: 0010 0001 0110 1100. Você vai aprender sobre notação binária no artigo “Entenda a notação binária de uma vez por todas”, não se assuste com esse monte de zeros e uns kkkk.
2ª Geração: linguagens de montagem (Assembly):
Essas linguagens de montagem vieram para resolver a complexidade que era ter de ficar memorizando esses montes de combinações de zeros e uns, que foram substituídos por mnemônicos (abreviações). Como exemplo utilizando palavras como: mov, mul, add, label e goto
3ª Geração: Linguagens procedurais. Linguagens orientadas ao usuário:
Por volta da década de 60, a “galera” já tinha começado a construir soluções comerciais e resolver problemas científicos. Foi nessa geração, que houve a preparação para o que temos hoje em dia. Havia controle de entrada/saída (input/output), instruções de cálculos aritméticos ou lógicos e instruções de controle de fluxo de execução(process/output). Já era possível ler e escrever o código fonte em uma linguagem mais próxima do usuário (humano). Como vocês podem perceber, aqui já havia a necessidade dos compiladores e interpretadores. Alguns exemplos de linguagens desta geração:
4ª Geração: linguagens orientadas à aplicação:
Na quarta geração, a ideia era ter menos complexidade, facilidade na manutenção dos códigos e menor curva de aprendizagem. Por exemplo, em algumas situações, o que você faria em 50 linhas de código na terceira geração, daria para fazer em 5 linhas na quarta geração kkk Obviamente estou exagerando um pouco! Na terceira geração também temos linguagens que simplificam a vida dos programadores. Vejam algumas das linguagens da quarta geração:
5ª Geração: linguagens do conhecimento.
Resumidamente, a quinta geração marcou o uso efetivo de inteligência artificial e linguística computacional. Para Inteligência artificial temos a Prolog e Lisp para a linguagem funcional.
Como você pode observar, existem dezenas de linguagens de programação. Ai você pode perguntar: preciso aprender todas? Obviamente que não kkkkk! Repetindo, cada linguagem de programação foi criada para resolver determinados problemas, sejam eles problemas novos ou recorrentes. Para facilitar um pouco, essas linguagens são categorizadas por suas funcionalidades e formas de implementação, que chamamos de paradigmas de programação.
Um paradigma de programação fornece e determina a visão que o programador possui sobre a estruturação e a execução do programa. Ou seja, é um meio de se classificar as linguagens de programação baseado em suas funcionalidades.
Quais são os tipos de paradigmas de programação mais comuns?
No mercado de trabalho você vai se deparar com algumas perguntas do tipo: você programa orientado a objetos? Você programa procedural? kkkkk Além dessa necessidade de mercado, é importante você saber distinguir qual o paradigma principal das mais diversas linguagens de programação. Alguns dos paradigmas mais populares são:
- Programação Imperativa;
- Programação Procedural ou Estruturada;
- Programação Orientado a objeto;
- Programação Declarativa;
- Programação Funcional;
- Programação Lógica.
Fique atento que muitas das linguagens de programação são multi-paradigmas. Futuramente vou explicar melhor sobre esses paradigmas porque para agora não vai fazer muito sentido uma vez que você ainda não aprendeu sobre as “Principais características de uma linguagem de programação e sua escrita”, que é o tema do próximo artigo. Até lá!
Confiança sempre!!!
Fontes:
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